“Zona do país fantástica”
O Estoril Praia participa no Castelo Vide Cup desde a sua primeira edição. A primeira participação deveu-se à proximidade entre o clube e a organização. A continuidade surgiu “naturalmente pela forma como o Estoril Praia sempre foi tratado no torneio, pela satisfação que é para os nossos atletas participar e satisfação dos pais que acompanham os filhos até uma zona do país que é fantástica.”
“Preço do torneio justo”
“Estamos satisfeitos com a nossa participação em Castelo de Vide e, portanto, não vemos porquê alterar”. O preço “parece-me justo comparativamente com o número de jogos efetuados pelos atletas, bem como as condições apresentadas, tanto ao nível de alimentação, como de infraestruturas e instalações para alojamento”.
“Experiência semelhante à de uma equipa profissional”
“A existência destes torneios parece-me importantíssima, não tanto na perspetiva competitiva, porque já existem competições para estas idades, mas pela experiência de grupo.” É uma experiência semelhante à de uma equipa profissional: “passar umas noites fora de casa, alimentações, horários, regras, espírito de grupo, criação de empatia e a experiência de jogar com equipas que não sejam do campeonato e estrangeiras”.
“Resultado é secundário”
Como dirigente do futebol de formação do Estoril Praia, “temos tentado manter o espírito familiar, que é a imagem do clube, aumentar a competitividade dos seus processos e evitar um bocadinho que se entre na loucura.” É preciso “convencer pais, treinadores, nós próprios diretores e jogadores de que o resultado é secundário. O foco deve estar na tarefa.”
O seu percurso
Hugo Leal iniciou a sua carreira desportiva no Albarraque. Passou pelo Alcabideche e seguiu para o Estoril Praia. Próximo dos 13 anos, foi para o SLB, onde fez o resto da sua formação. Estreou-se na equipa profissional da Luz aos 16 anos e esteve três anos ligado ao plantel principal. Aos 19 rumou para o Atlético de Madrid, depois para o Paris Saint-Germain. Passou pelo FCP, Académica, Braga, Belenenses, Trofense, Salamanca, Vitória de Setúbal e Estoril Praia.
“Por gostar de competir na máxima potencialidade e de não o estar a fazer”, decide terminar a carreira aos 33 anos. Revela não ter sido difícil fazê-lo, pois sentiu que “não estava em condições de continuar”. Nessa altura, foi-lhe apresentado uma proposta para manter a ligação ao clube Estoril Praia, agora com nova função: diretor de futebol de formação.
Ser treinador não está nos planos
A experiência como treinador adjunto na equipa principal do Estoril Praia “foi fantástica, gostei muito. No entanto, não me considero neste momento preparado para assumir uma carreira de treinador. Até porque poderia ter de me deslocar ou assumir um projeto noutro local que não o de residência e isso mexeria muito com a minha família. Por isso, não estou disposto a fazê-lo.”
Texto: Inês Ruivo
Imagem: Hugo Leal